Postado em 28/11/2019
Aprender
a falar muito cedo, ler antes de entrar na escola, saber resolver problemas
lógicos sem nunca ter tido aula de matemática e ter alta criatividade podem ser características de uma criança
superdotada. Para a família, isso nem sempre é notado ou aceito
rapidamente.
A ação conjunta da escola e profissionais especializados ajuda a identificar
mais facilmente uma pessoa com altas habilidades ou superdotação (AH/SD). Ela
apresenta, primordialmente, três
características, conhecidas como anéis
de Renzulli: quociente intelectual (QI) acima da média, compromisso com a
tarefa e criatividade. Uma pessoa com altas habilidades não é, por
consequência, um versado em todas as áreas. Ao contrário, o superdotado tende a ser um “especialista” em um ou
alguns campos do conhecimento. Facilidade com números, com a comunicação, com
artes ou com línguas são exemplos comuns.
A identificação precoce do fenômeno da superdotação faz com que a criança seja educada de uma forma direcionada para
sua alta capacidade em algumas áreas, evitando que a ela perca o interesse na
escola. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 8% da
população mundial tem altas habilidades. Desses, cerca de 10 milhões estão no
Brasil.
Em 2017, foram identificados 19.699 alunos com superdotação matriculados na
educação básica em todo país, segundo dados do Censo Escolar daquele ano - o
último a contabilizar isoladamente a esse aspecto dentro do grupo de crianças que necessitam de educação
especial. Em todo país, núcleos de atividades de altas
habilidades/superdotação (Naahs) oferecem atividades e acompanhamento para o
estudante superdotado até os 17 anos.
A superdotação pode ser identificada em
conjunto com transtornos, como do espectro autista e a hiperatividade. Ao
contrário do pensamento comum, a alta habilidade se desenvolve, geralmente para
apenas uma ou duas áreas específicas.
Portanto, ter dificuldades em alguma disciplina específica ou ter problemas de
ordem cognitiva não descartam a superdotação.
Segundo pesquisas, um dos problemas para o superdotado é a questão do perfeccionismo e da baixa autoestima. É um
perfeccionismo tão grande que eles acabam se autossabotando. Além disso, essas
pessoas precisam de atendimento porque elas
têm dificuldades emocionais, sociais e pedagógicas. Então todo o sistema
escolar precisa de um ajuste no currículo para que seja interessante para essa
criança.
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mais bem informado e atento à sua saúde.